Roteiro, montagem e locução: Magali Cabral; Gravação: Jorge Novais
Como o Investimento Social Privado pode contribuir para as agendas de clima, água e energia renovável?
É a pergunta que norteia esta edição de P22_ON.
Mas antes de buscar essa reposta, vamos entender o que é Investimento Social Privado.
Antigamente, se uma empresa, uma família ou um indivíduo quisesse contribuir para um projeto de interesse público – por exemplo, construir uma escola ou um hospital –, doava seu dinheiro para igrejas ou instituições de caridade cuidarem da tarefa. Fazia filantropia, uma palavra de origem grega que significa amor ao ser humano.
O Investimento Social Privado, ou apenas ISP, é uma ressignificação da filantropia.
Nas últimas décadas, doadores com recursos para investir em ações de impacto socioambiental passaram também a criar fundações ou institutos a fim de dar um caráter mais profissional à gestão dos recursos e das ações.
Formalmente, o ISP é definido como: uso voluntário, planejado e monitorado de recursos privados em projetos sociais, ambientais, científicos e culturais de interesse público.
Dito isso, voltamos à pergunta inicial:
Como o Investimento Social Privado pode contribuir para as agendas de clima, água e energia renovável?
Em 2016, o ISP somou R$ 2,9 bilhões em projetos, segundo o Grupo Institutos, Fundações e Empresas (Gife), associação que é referência nesse tema.
A educação vem sendo a área que mais recebe investimentos ao longo dos anos. O meio ambiente, que engloba assuntos como água, clima e energia renovável, está em sexto lugar na preferência.
A mudança climática, tida como a mãe de todas as crises ambientais, ainda não aparece especificada no ranking das ações do ISP. Trazer essa pauta à tona é proposta do Gife.
Está cientificamente comprovado que a cada dia que passa, o desafio da mitigação à mudança do clima fica maior. Se não houver uma reação para valer, em alguns anos caberá ao ser humano apenas tentar se adaptar aos piores cenários. Investir em educação continuará essencial, mas não será suficiente, porque as pessoas nem terão os recursos naturais e as condições elementares para viverem.
O desafio para integrar e aumentar a ambição da agenda ambiental no ISP é imenso e muitas ideias estão expostas nesta edição.
Para começar, vamos trazer o panorama atual da crise ambiental, os potenciais e as limitações do ISP para enfrentar esses problemas, mas também encontrar oportunidades.
Também abordaremos a articulação de redes, trazendo exemplos de como a ação conjunta, com sinergia entre as empresas, instituições e sociedade civil, pode melhorar a qualidade dos impactos das ações de ISP relacionadas ao clima e à agenda da água e das fontes renováveis – energia é um assunto que também merece atenção nesse campo.
Há muitas questões no ar. Como aumentar o alcance e o impacto das ações socioambientais? Como disseminar as mensagens de forma que engajem os investidores e ganhem a atenção do grande público? E que respostas as inovações sociais e tecnológicas podem nos dar?
Tudo isso nesta edição de P22_ON. Boa leitura!