Roteiro: Magali Cabral / Locução: Cíntya Feitosa
Você sabe o que é capital natural? E por que as empresas precisam incluir esse conceito em suas decisões? É o que este vídeo vai explicar.
O capital natural é um termo que designa o estoque de recursos naturais renováveis e não renováveis na terra. Por exemplo, o ar, as plantas, os animais, a água, os solos, os minerais…
Foi chamado de capital natural quando se percebeu que esses elementos são essenciais para as atividades econômicas, assim como as pessoas, as máquinas e os recursos financeiros. É um modo de justificar a conservação do capital natural para tomadores de decisão.
Uma demonstração, por meio de cifrões, dos benefícios dos mangues próximos à cidade de Kampala, capital de Uganda, mostrou que conservar o ecossistema era mais vantajoso do que usar as áreas para o cultivo agrícola.
Os mangues agem como um tratamento natural do esgoto, economizando recursos em saneamento. E, de quebra, são uma barreira natural em caso de avanço no nível do mar. Sem falar do seu valor como berçário e fonte de alimentos para a fauna marinha – o que tem grande valor, inclusive econômico, para o setor de pescados.
Sendo assim, para chamar atenção para a importância dos bens naturais, lançou-se mão das mesmas expressões usadas do modelo econômico e político dominante no mundo.
Combinados entre si, esses bens naturais prestam serviços que são chamados de ecossistêmicos. Por exemplo, o equilíbrio no regime de chuvas, a vegetação natural que oferta água limpa, a polinização feita pelos animais, a captura de CO2 que ajuda na regulação do clima, as florestas que protegem os solos e as encostas contra a erosão…
E como tudo isso se relaciona com o mundo dos negócios?
Todas as atividades empresariais dependem direta ou indiretamente do capital natural.
Como toda a atividade empresarial provoca impactos no ambiente e na sociedade, é preciso conhecê-los, para administrar os riscos e também enxergar oportunidades para os negócios.
Os impactos podem ser positivos (investimento na restauração local ou na melhoria da qualidade da água, do solo e da superfície…) ou negativos (emissão de poluentes, geração de resíduos, consumo excessivo de água, emissão de efluentes…).
O desafio é criar práticas e estratégias empresariais que gerem valor para a organização e, ao mesmo tempo, promovam a preservação dos ecossistemas e o bem-estar da sociedade.
Uma mostra de como algumas empresas estão fazendo sua gestão a partir do capital natural, você vai ter aqui nesta edição de P22_ON, que apresenta 16 casos selecionados da chamada pública Gestão Empresarial de Capital Natural.
A ação foi promovida pelo FGVces em parceria com o projeto TEEB Regional Local e a iniciativa empresarial Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE), com apoio da Fundação Grupo Boticário. O objetivo é apresentar as boas práticas empresariais para inspirar outras empresas.
Boa leitura!