Compilação: por Amália Safatle_ Foto: Robert Anasch/ Unsplash

Dicionário

 

Agricultura sintrópica – segundo o criador desse conceito, o suíço Ernst Götsch, é um sistema que reúne, na mesma área, a produção de hortaliças, frutas e madeira, além de recuperar áreas degradadas e proteger o meio ambiente.

Agroecologia – segundo a Embrapa, é uma ciência em construção que integra conhecimentos de Agronomia, Ecologia, Economia e Sociologia.

Agrofloresta ou Sistema Agroflorestal (SAF) – segundo o WRI, são sistemas em que espécies perenes como árvores, arbustos, palmeiras e bambus são utilizadas em uma mesma área com culturas agrícolas e/ou animais. Há diversos tipos de SAFs, desde sistemas simplificados, com poucas espécies e baixa intensidade de manejo, até sistemas altamente complexos, com alta biodiversidade e alta intensidade de manejo. Aplica-se bem em propriedades menores, que podem obter receitas no curto prazo de diversos produtos em tempos diferentes de colheita (frutos, sementes etc.), enquanto crescem as árvores que vão gerar receita em ciclos de cultura mais longos (madeira).

Cadastro Ambiental Rural (CAR) – registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais. Se o imóvel rural não apresentar passivo ambiental, estará regularizado apenas com a inscrição do CAR. Mas caso seja constatada a existência de passivo ambiental, o proprietário poderá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e apresentar o conjunto de ações ambientais a serem desenvolvidas para regularizar o seu imóvel.

Desafio de Bonn (The Bonn Challenge) – acordo que prevê atingir a meta global de recuperar 350 milhões de hectares até 2030. É coordenado pelo governo alemão e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), em conjunto com o World Resources Institute (WRI) e o governo da Noruega.

Espécie exótica (Exotic species ou Non-native species) – espécie oriunda de determinada região, encontrada em outra onde não ocorre naturalmente. Compreende espécies cultivadas (ornamentais ou comerciais) e espécies invasoras. Muitas vezes o conceito é aplicado com base nos limites territoriais de um país, o que é um equívoco. Por exemplo, espécies amazônicas devem ser consideradas exóticas na Mata Atlântica, e espécies exclusivas da Mata Atlântica do Nordeste são exóticas na Mata Atlântica do Sudeste.*

Espécie invasora (Invasive species) – espécie não nativa (animal, vegetal ou micro-organismo) que coloniza e, sem intervenção humana, expande sua população em um ecossistema que não ocupava naturalmente (Pyšek, 1995; Mack et al., 2000; Richardson et al., 2000).*

Espécies pioneiras, secundárias e de clímax – por suportarem condições extremas, como variações climáticas e solos pobres em nutrientes, as pioneiras são as primeiras a ocorrer nos lugares que ainda não possuem vegetação, abrindo caminho para a chegada das outras espécies no processo de sucessão ecológica. À medida que nutrientes, sombra e água no solo tornam-se mais disponíveis, as secundárias encontram condições ideais para germinar e vão tomando espaço das pioneiras, que têm um ciclo de vida curto. A partir de grande quantidade de nutrientes, condições e recursos ideais, surgem as espécies clímax, que são muito mais exigentes e têm um ciclo de vida longo.

Externalidades – reflexos negativos ou positivos de uma atividade que são sentidos por aqueles que pouco ou nada contribuíram para gerá-los.

Mata ciliar (Riparian forest) – denominação que se dá à vegetação existente na zona ripária (localizada junto a corpos d’água) quando esta vegetação é florestal, assim como à vegetação na zona de interflúvio (compreendida pelas áreas de uma bacia hidrográfica que ficam fora da influência da zona ripária).*

Pagamento por Serviços Ambientais – PSA (Payment for Ecosystem Services – PES) – sistema de remuneração por meio do qual o agente que promove o benefício ambiental é recompensado e o beneficiário deve pagar o valor econômico referente.

Paisagem (Landscape) – agrupamento de ecossistemas que são arranjados em padrões reconhecíveis e que trocam organismos e materiais, como água (Forman e Gordon, 1986); mosaico interativo formado por ecossistemas naturais, sistemas de produção e espaços destinados a usos sociais e econômicos.*

Plântula – embrião vegetal já desenvolvido e ainda encerrado na semente ou, também, planta recém-nascida.

Pousio – período em que as terras são deixadas sem semeadura para repousarem.

Propágulo – qualquer parte de um vegetal capaz de multiplicá-lo ou propagá-lo vegetativamente, por exemplo, fragmentos de talo ou ramo.

Recomposição – ação de recompor exatamente as espécies que existiam no sistema original.

Reflorestamento (Reforestation) – plantação de árvores, nativas ou não, para formação de uma estrutura florestal em área que foi desmatada há menos de 50 anos.*

Regeneração natural (Natural regeneration) –  conjunto de processos pelos quais plantas seestabelecem em área a ser restaurada ou em restauração, sem que tenham sido introduzidas deliberadamente por ação humana.*

Regeneração natural assistida (Assisted natural regeneration) – conjunto de intervenções planejadas que visa potencializar a regeneração natural da vegetação em uma determinada área em processo de restauração, tais como introdução de elementos atrativos da fauna dispersora de sementes, controle de espécies exóticas competidoras e criação de microssítios favoráveis ao estabelecimento de espécies nativas.*

Restauração de habitat (Habitat restoration) – restauração ecológica com respeito às condições de vida de uma espécie em particular.*

Restauração ecológica (Ecological restoration) – processo e prática de auxiliar a recuperação de um ecossistema que foi degradado, danificado ou destruído (SER, 2004).*

Restauração florestal (Forest restoration) – restauração ecológica aplicada a ecossistemas florestais.*

Serviços ecossistêmicos – contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas ao bem-estar humano, tais como oferta e qualidade de água, biodiversidade, provisão de biomassa, proteção do solo, polinização, regulação do clima, assimilação de efluentes, recreação e turismo.

Sistema agrosilvipastoril – segundo a Embrapa, integra, em uma mesma área, o plantio de roçados (lavouras), a criação de animais (pecuária) e a preservação da mata (florestas). Assim, aumenta a quantidade de alimentos produzidos com práticas que não agridem a natureza.

Tipping point  – expressão inglesa que significa ponto de inflexão e, neste contexto, refere-se ao ponto de não retorno da capacidade regenerativa da natureza.

*Fonte: Conceitos e definições correlatos à ciência e prática da restauração ecológica, da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, Instituto Florestal, 2011.

Dicas de leitura, vídeos & afins

Você sabia que…

… restaurar 30% das áreas degradadas do planeta de forma otimizada pode salvar 71% de espécies da extinção e absorver quase a metade do carbono acumulado na atmosfera desde a Revolução Industrial?

Assista ao vídeo que apresenta os principais resultados do estudo liderado pelo cientista em sustentabilidade Bernardo Strassburg, publicado na revista Nature em outubro de 2020:

Muriqui na Mata do Barreiro Rico, em Anhembi (SP). Foto: Divulgação

Aprofunde-se

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=m6xXmkRGHoM

Agricultura regenerativa – do que estamos falando?

A  expressão “agricultura regenerativa” caiu na graças do mundo empresarial. Mas o que significa mesmo? Seria apenas um termo repaginado da velha e boa agrofloresta? Este estudo, em inglês, mostra que sobram dissensos tanto sobre seus fundamentos quanto as formas pelas quais seus benefícios devem ser quantificados. As discordâncias incluem temas como o poder de mercado, a equidade racial e a propriedade da terra. Quase metade dos artigos de periódicos acadêmicos que usam o termo “agricultura regenerativa” não fornece nenhuma definição. Saiba mais:

https://thecounter.org/regenerative-agriculture-racial-equity-climate-change-carbon-farming-environmental-issues/

Geração restauração

Um guia prático, acessível e engajador para as novas gerações: Ecosystem Restoration Playbook, desenvolvido para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2021. #generationrestoration

Uma árvore para chamar de sua

Vale assistir ao depoimento da primatóloga Jane Goodall, durante o lançamento da iniciativa Um Trilhão de Árvores. As descobertas da cientista, nascida em 1931, mudaram a compreensão humana sobre os chimpanzés. Neste vídeo, ela responde às pessoas que perguntam o que podem fazer para ajudar: “Plante uma árvore”. E sugere que deem um nome para a planta, assim como ela fez com os chimpanzés que estudou:

https://youtu.be/X6rq292kyRE

Muriqui e carbono

Com o histórico de três incêndios em menos de 10 anos, a Mata do Barreiro Rico, no município paulista de Anhembi, é um dos últimos habitats do muriqui-do-sul, o maior macaco das Américas. A espécie está criticamente ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Por esses motivos, a floresta foi escolhida para ações de restauração do Programa Mata Viva, criado em 1984 pela Fundação Espaço Eco, mantida pela Basf. O investimento já realizado de R$ 100 mil tem o objetivo de promover a conectividade dos fragmentos florestais da região, por meio do plantio de 8.500 mudas. 

Estima-se que a restauração realizada em cinco hectares da mata removerá cerca de 1.200 toneladas de carbono da atmosfera ao longo do ciclo de seu desenvolvimento. Por meio de uma ferramenta do SustenBot, a calculadora da pegada de carbono desenvolvida pela fundação, é possível calcular as emissões de CO² geradas por indivíduo ou organização, e compensá-las por meio de doações de mudas para restauração florestal junto ao Programa Mata Viva.

Muriqui na Mata do Barreiro Rico, em Anhembi (SP). Foto: Divulgação

Aprofunde-se

 

 

https://youtu.be/1MM5cUqdDZs

A Mata Atlântica dá o tom

Acesse aqui os podcasts do Tom da Mata, um projeto do Pacto para a Restauração da Mata Atlântica. A série dá voz a pessoas envolvidas com a restauração do bioma mais desmatado do Brasil, desde artistas e celebridades engajadas no plantio de árvores até técnicos e pesquisadores acadêmicos. O Pacto, por sua vez, é um movimento de organizações e produtores para recuperar a cobertura florestal da Mata Atlântica. As estimativas do Pacto são de que mais de 700 mil hectares de florestas já estão em restauração em todo o bioma. A meta é atingir 15 milhões de hectares restaurados até 2050.

 

Papel do governo

Lançado pelo governo em 2017, o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) visa ampliar e fortalecer políticas públicas, incentivos financeiros, mercados, tecnologias de recuperação, boas práticas agropecuárias e outras medidas necessárias para a recuperação da vegetação nativa, principalmente em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), mas também em áreas degradadas com baixa produtividade agrícola. Acesse o plano aqui.

Um agricultor-filósofo

Em 1978, ao lançar o livro The One-Straw Revolution (ou A revolução de uma palha, em tradução livre), o agricultor Masanobu Fukuoka (1913-2008) falou diretamente com o crescente movimento de agricultores orgânicos e ativistas que buscavam um novo modo de vida. Crescido em uma fazenda na ilha de Shikoku, no Japão, ele chamou o método de “agricultura natural”, que envolvia trabalhar com a natureza, e não em oposição a ela.

Fukuoka passou anos trabalhando com pessoas e organizações na África, Índia, Sudeste Asiático, Europa e Estados Unidos para provar a viabilidade de cultivar alimentos e regenerar florestas com muito pouca irrigação nos lugares mais desolados.

Seu último livro, Sowing Seeds in the Desert (ou Semeando sementes no deserto), é um somatório daqueles anos de viagens e pesquisas. Na obra, apresenta um plano para reabilitar os desertos do mundo usando a agricultura natural, incluindo soluções práticas para alimentar uma crescente população humana, reabilitar paisagens danificadas, reverter a propagação da desertificação e fornecer uma compreensão profunda da relação entre os seres humanos e a natureza. Conheça mais sobre os ensinamentos de Fukuoka neste pequeno documentário de 1975:

https://www.youtube.com/watch?v=m6xXmkRGHoM

Agricultura regenerativa – do que estamos falando?

A  expressão “agricultura regenerativa” caiu na graças do mundo empresarial. Mas o que significa mesmo? Seria apenas um termo repaginado da velha e boa agrofloresta? Este estudo, em inglês, mostra que sobram dissensos tanto sobre seus fundamentos quanto as formas pelas quais seus benefícios devem ser quantificados. As discordâncias incluem temas como o poder de mercado, a equidade racial e a propriedade da terra. Quase metade dos artigos de periódicos acadêmicos que usam o termo “agricultura regenerativa” não fornece nenhuma definição. Saiba mais:

https://thecounter.org/regenerative-agriculture-racial-equity-climate-change-carbon-farming-environmental-issues/

Geração restauração

Um guia prático, acessível e engajador para as novas gerações: Ecosystem Restoration Playbook, desenvolvido para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2021. #generationrestoration

Uma árvore para chamar de sua

Vale assistir ao depoimento da primatóloga Jane Goodall, durante o lançamento da iniciativa Um Trilhão de Árvores. As descobertas da cientista, nascida em 1931, mudaram a compreensão humana sobre os chimpanzés. Neste vídeo, ela responde às pessoas que perguntam o que podem fazer para ajudar: “Plante uma árvore”. E sugere que deem um nome para a planta, assim como ela fez com os chimpanzés que estudou:

https://youtu.be/X6rq292kyRE

Muriqui e carbono

Com o histórico de três incêndios em menos de 10 anos, a Mata do Barreiro Rico, no município paulista de Anhembi, é um dos últimos habitats do muriqui-do-sul, o maior macaco das Américas. A espécie está criticamente ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Por esses motivos, a floresta foi escolhida para ações de restauração do Programa Mata Viva, criado em 1984 pela Fundação Espaço Eco, mantida pela Basf. O investimento já realizado de R$ 100 mil tem o objetivo de promover a conectividade dos fragmentos florestais da região, por meio do plantio de 8.500 mudas. 

Estima-se que a restauração realizada em cinco hectares da mata removerá cerca de 1.200 toneladas de carbono da atmosfera ao longo do ciclo de seu desenvolvimento. Por meio de uma ferramenta do SustenBot, a calculadora da pegada de carbono desenvolvida pela fundação, é possível calcular as emissões de CO² geradas por indivíduo ou organização, e compensá-las por meio de doações de mudas para restauração florestal junto ao Programa Mata Viva.

Muriqui na Mata do Barreiro Rico, em Anhembi (SP). Foto: Divulgação

Aprofunde-se

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=YAQxp-rkFVM

Uma futura pandemia poderia vir da Amazônia?

A resposta é sim, segundo este relatório da Conservação Internacional. Embora seja considerada atualmente uma área de baixo contágio, a Amazônia possui características como alta diversidade de animais selvagens hospedeiros de vírus, combinadas a taxas crescentes de desmatamento e degradação florestal. Por isso, a região deve ser considerada como alta prioridade para os esforços globais de prevenção a futuras pandemias. O estudo sugere ações importantes para manter o contágio baixo na Amazônia e traz recomendações para políticas públicas.

 

Confira abaixo o mapa de hotspots de doenças infecciosas emergentes (EID, na sigla em inglês)

 

Dicas:

Dez regras de ouro para o reflorestamento, segundo Pedro Brancalion, professor da Esalq-USP:

https://youtu.be/gC5_Vu_VQuI

 

Como usar o Observatório da Restauração e Reflorestamento:

https://youtu.be/1MM5cUqdDZs

A Mata Atlântica dá o tom

Acesse aqui os podcasts do Tom da Mata, um projeto do Pacto para a Restauração da Mata Atlântica. A série dá voz a pessoas envolvidas com a restauração do bioma mais desmatado do Brasil, desde artistas e celebridades engajadas no plantio de árvores até técnicos e pesquisadores acadêmicos. O Pacto, por sua vez, é um movimento de organizações e produtores para recuperar a cobertura florestal da Mata Atlântica. As estimativas do Pacto são de que mais de 700 mil hectares de florestas já estão em restauração em todo o bioma. A meta é atingir 15 milhões de hectares restaurados até 2050.

 

Papel do governo

Lançado pelo governo em 2017, o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) visa ampliar e fortalecer políticas públicas, incentivos financeiros, mercados, tecnologias de recuperação, boas práticas agropecuárias e outras medidas necessárias para a recuperação da vegetação nativa, principalmente em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), mas também em áreas degradadas com baixa produtividade agrícola. Acesse o plano aqui.

Um agricultor-filósofo

Em 1978, ao lançar o livro The One-Straw Revolution (ou A revolução de uma palha, em tradução livre), o agricultor Masanobu Fukuoka (1913-2008) falou diretamente com o crescente movimento de agricultores orgânicos e ativistas que buscavam um novo modo de vida. Crescido em uma fazenda na ilha de Shikoku, no Japão, ele chamou o método de “agricultura natural”, que envolvia trabalhar com a natureza, e não em oposição a ela.

Fukuoka passou anos trabalhando com pessoas e organizações na África, Índia, Sudeste Asiático, Europa e Estados Unidos para provar a viabilidade de cultivar alimentos e regenerar florestas com muito pouca irrigação nos lugares mais desolados.

Seu último livro, Sowing Seeds in the Desert (ou Semeando sementes no deserto), é um somatório daqueles anos de viagens e pesquisas. Na obra, apresenta um plano para reabilitar os desertos do mundo usando a agricultura natural, incluindo soluções práticas para alimentar uma crescente população humana, reabilitar paisagens danificadas, reverter a propagação da desertificação e fornecer uma compreensão profunda da relação entre os seres humanos e a natureza. Conheça mais sobre os ensinamentos de Fukuoka neste pequeno documentário de 1975:

https://www.youtube.com/watch?v=m6xXmkRGHoM

Agricultura regenerativa – do que estamos falando?

A  expressão “agricultura regenerativa” caiu na graças do mundo empresarial. Mas o que significa mesmo? Seria apenas um termo repaginado da velha e boa agrofloresta? Este estudo, em inglês, mostra que sobram dissensos tanto sobre seus fundamentos quanto as formas pelas quais seus benefícios devem ser quantificados. As discordâncias incluem temas como o poder de mercado, a equidade racial e a propriedade da terra. Quase metade dos artigos de periódicos acadêmicos que usam o termo “agricultura regenerativa” não fornece nenhuma definição. Saiba mais:

https://thecounter.org/regenerative-agriculture-racial-equity-climate-change-carbon-farming-environmental-issues/

Geração restauração

Um guia prático, acessível e engajador para as novas gerações: Ecosystem Restoration Playbook, desenvolvido para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2021. #generationrestoration

Uma árvore para chamar de sua

Vale assistir ao depoimento da primatóloga Jane Goodall, durante o lançamento da iniciativa Um Trilhão de Árvores. As descobertas da cientista, nascida em 1931, mudaram a compreensão humana sobre os chimpanzés. Neste vídeo, ela responde às pessoas que perguntam o que podem fazer para ajudar: “Plante uma árvore”. E sugere que deem um nome para a planta, assim como ela fez com os chimpanzés que estudou:

https://youtu.be/X6rq292kyRE

Muriqui e carbono

Com o histórico de três incêndios em menos de 10 anos, a Mata do Barreiro Rico, no município paulista de Anhembi, é um dos últimos habitats do muriqui-do-sul, o maior macaco das Américas. A espécie está criticamente ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Por esses motivos, a floresta foi escolhida para ações de restauração do Programa Mata Viva, criado em 1984 pela Fundação Espaço Eco, mantida pela Basf. O investimento já realizado de R$ 100 mil tem o objetivo de promover a conectividade dos fragmentos florestais da região, por meio do plantio de 8.500 mudas. 

Estima-se que a restauração realizada em cinco hectares da mata removerá cerca de 1.200 toneladas de carbono da atmosfera ao longo do ciclo de seu desenvolvimento. Por meio de uma ferramenta do SustenBot, a calculadora da pegada de carbono desenvolvida pela fundação, é possível calcular as emissões de CO² geradas por indivíduo ou organização, e compensá-las por meio de doações de mudas para restauração florestal junto ao Programa Mata Viva.

Muriqui na Mata do Barreiro Rico, em Anhembi (SP). Foto: Divulgação

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https://youtu.be/leXZ_U5wGkk

O sonho de ser refloresta

Depois de Refazenda, veio a Refloresta, música de Gilberto Gil para o Instituto Terra. O instituto, criado em 1998 por Lélia Wanick e Sebastião Salgado, é voltado para a restauração ambiental e o desenvolvimento rural sustentável do Vale do Rio Doce. Porque manter em pé o que resta não basta. (Re)veja o clipe:

https://www.youtube.com/watch?v=YAQxp-rkFVM

Uma futura pandemia poderia vir da Amazônia?

A resposta é sim, segundo este relatório da Conservação Internacional. Embora seja considerada atualmente uma área de baixo contágio, a Amazônia possui características como alta diversidade de animais selvagens hospedeiros de vírus, combinadas a taxas crescentes de desmatamento e degradação florestal. Por isso, a região deve ser considerada como alta prioridade para os esforços globais de prevenção a futuras pandemias. O estudo sugere ações importantes para manter o contágio baixo na Amazônia e traz recomendações para políticas públicas.

 

Confira abaixo o mapa de hotspots de doenças infecciosas emergentes (EID, na sigla em inglês)

 

Dicas:

Dez regras de ouro para o reflorestamento, segundo Pedro Brancalion, professor da Esalq-USP:

https://youtu.be/gC5_Vu_VQuI

 

Como usar o Observatório da Restauração e Reflorestamento:

https://youtu.be/1MM5cUqdDZs

A Mata Atlântica dá o tom

Acesse aqui os podcasts do Tom da Mata, um projeto do Pacto para a Restauração da Mata Atlântica. A série dá voz a pessoas envolvidas com a restauração do bioma mais desmatado do Brasil, desde artistas e celebridades engajadas no plantio de árvores até técnicos e pesquisadores acadêmicos. O Pacto, por sua vez, é um movimento de organizações e produtores para recuperar a cobertura florestal da Mata Atlântica. As estimativas do Pacto são de que mais de 700 mil hectares de florestas já estão em restauração em todo o bioma. A meta é atingir 15 milhões de hectares restaurados até 2050.

 

Papel do governo

Lançado pelo governo em 2017, o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) visa ampliar e fortalecer políticas públicas, incentivos financeiros, mercados, tecnologias de recuperação, boas práticas agropecuárias e outras medidas necessárias para a recuperação da vegetação nativa, principalmente em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), mas também em áreas degradadas com baixa produtividade agrícola. Acesse o plano aqui.

Um agricultor-filósofo

Em 1978, ao lançar o livro The One-Straw Revolution (ou A revolução de uma palha, em tradução livre), o agricultor Masanobu Fukuoka (1913-2008) falou diretamente com o crescente movimento de agricultores orgânicos e ativistas que buscavam um novo modo de vida. Crescido em uma fazenda na ilha de Shikoku, no Japão, ele chamou o método de “agricultura natural”, que envolvia trabalhar com a natureza, e não em oposição a ela.

Fukuoka passou anos trabalhando com pessoas e organizações na África, Índia, Sudeste Asiático, Europa e Estados Unidos para provar a viabilidade de cultivar alimentos e regenerar florestas com muito pouca irrigação nos lugares mais desolados.

Seu último livro, Sowing Seeds in the Desert (ou Semeando sementes no deserto), é um somatório daqueles anos de viagens e pesquisas. Na obra, apresenta um plano para reabilitar os desertos do mundo usando a agricultura natural, incluindo soluções práticas para alimentar uma crescente população humana, reabilitar paisagens danificadas, reverter a propagação da desertificação e fornecer uma compreensão profunda da relação entre os seres humanos e a natureza. Conheça mais sobre os ensinamentos de Fukuoka neste pequeno documentário de 1975:

https://www.youtube.com/watch?v=m6xXmkRGHoM

Agricultura regenerativa – do que estamos falando?

A  expressão “agricultura regenerativa” caiu na graças do mundo empresarial. Mas o que significa mesmo? Seria apenas um termo repaginado da velha e boa agrofloresta? Este estudo, em inglês, mostra que sobram dissensos tanto sobre seus fundamentos quanto as formas pelas quais seus benefícios devem ser quantificados. As discordâncias incluem temas como o poder de mercado, a equidade racial e a propriedade da terra. Quase metade dos artigos de periódicos acadêmicos que usam o termo “agricultura regenerativa” não fornece nenhuma definição. Saiba mais:

https://thecounter.org/regenerative-agriculture-racial-equity-climate-change-carbon-farming-environmental-issues/

Geração restauração

Um guia prático, acessível e engajador para as novas gerações: Ecosystem Restoration Playbook, desenvolvido para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2021. #generationrestoration

Uma árvore para chamar de sua

Vale assistir ao depoimento da primatóloga Jane Goodall, durante o lançamento da iniciativa Um Trilhão de Árvores. As descobertas da cientista, nascida em 1931, mudaram a compreensão humana sobre os chimpanzés. Neste vídeo, ela responde às pessoas que perguntam o que podem fazer para ajudar: “Plante uma árvore”. E sugere que deem um nome para a planta, assim como ela fez com os chimpanzés que estudou:

https://youtu.be/X6rq292kyRE

Muriqui e carbono

Com o histórico de três incêndios em menos de 10 anos, a Mata do Barreiro Rico, no município paulista de Anhembi, é um dos últimos habitats do muriqui-do-sul, o maior macaco das Américas. A espécie está criticamente ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Por esses motivos, a floresta foi escolhida para ações de restauração do Programa Mata Viva, criado em 1984 pela Fundação Espaço Eco, mantida pela Basf. O investimento já realizado de R$ 100 mil tem o objetivo de promover a conectividade dos fragmentos florestais da região, por meio do plantio de 8.500 mudas. 

Estima-se que a restauração realizada em cinco hectares da mata removerá cerca de 1.200 toneladas de carbono da atmosfera ao longo do ciclo de seu desenvolvimento. Por meio de uma ferramenta do SustenBot, a calculadora da pegada de carbono desenvolvida pela fundação, é possível calcular as emissões de CO² geradas por indivíduo ou organização, e compensá-las por meio de doações de mudas para restauração florestal junto ao Programa Mata Viva.

Muriqui na Mata do Barreiro Rico, em Anhembi (SP). Foto: Divulgação

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