Roteiro: Magali Cabral
Produção: Magali Cabral e Milene Fukuda
Locução: Bruno Toledo e Milene Fukuda
Finanças. Nem todo mundo aprecia o tema.
Mas, goste ou não, o sistema financeiro é parte do dia a dia das pessoas. E tem um papel dos mais importantes na construção de uma nova economia, capaz de gerar bem-estar social em harmonia com o meio ambiente.
Para não cair de cabeça na avalanche de instrumentos financeiros importantes que se acumularam ao longo dos anos, uma rápida retrospectiva pode ajudar a entender o que os bancos, as seguradoras, as bolsas de valores têm a ver com conservação da natureza, desastres ambientais, aquecimento global.
A história das finanças confunde-se com a história da civilização.
O dinheiro foi inventado mais ou menos 500 anos antes de Cristo. E, quase dois milênios mais tarde, por volta de 1400, surgiu o sistema bancário, em Florença, na Itália.
Não demorou e o sistema de crédito já estava financiando as grandes navegações, a ciência, a construção de novas cidades. Ou seja, crédito e investimentos foram a chave da construção econômica histórica. Sem isso a economia não seria como é hoje… O mundo não seria como é hoje.
Com essa enorme influência no progresso e no desenvolvimento dos países, na segunda metade do século passado começou a ficar evidente a responsabilidade, ou melhor, a corresponsabilidade do sistema financeiro ao bancar atividades econômicas que causam impactos ambientais e sociais negativos.
Sendo inegável o poder de influência das finanças na sociedade, no início dos anos 2000 começaram a surgir iniciativas como os Princípios do Equador, mostrando que era possível combinar investimentos e operações financeiras com sustentabilidade.
Nos Princípios do Equador, os bancos signatários exigem das empresas tomadoras de crédito compromissos com uma série de providências e cuidados socioambientais.
Nos últimos anos, surgiram diversos instrumentos, alguns ainda em fase experimental, com o propósito de usar mecanismos financeiros em prol de uma economia mais verde e mais inclusiva.
Entre as mais importantes estão:
- Incorporação do capital natural nas contas nacionais
- Climate finance
- Mercado de Cotas de Reserva Ambiental
- Green Bonds
- Finanças alternativas
- Finanças inclusivas
- ROI (retorno sobre o investimento) socioambiental
Detalhes sobre cada uma dessas tendências, assim como um panorama atual e histórico das finanças sustentáveis, estão nesta terceira edição de P22_ON.